É perigoso andar aqui a falar de chocolate... será que não vou acabar com vontade de ir devorar uns que alguém, desgraçadamente, trouxe cá para casa, hoje de manhã? Quando vi as demoníacas embalagenzinhas, pensei para mim: "Tentação/Provação à vista". Mas não vou, não vou e não vou. Ceder. Vou resistir. I'm going to be a good girl e hoje não há mais doces ou coisas calóricas, porque já comi uma tarte de maçã e duas tirinhas de milho - a que ponto cheguei. Que raio de vício este, o da comida, nas sociedades ditas industrializadas. É doentio.
Ok, vou escrever sobre chocolate agora. Estas férias, andei a roubar barrinhas de Kit Kat ao meu avô (este mundo está perdido). Durante o ano lectivo, portei-me muito bem em termos de chocolate, mas provavelmente não o deveria ter feito. Há coisas com muito mais açúcar do que muitos chocolates. Teria ficado consoladinha e teria ingerido menos de outras coisas doces que acabam a não ter certas propriedades interessantes que o chocolate tem e certamente têm mais açúcares. Nem é por não querer engordar, mas é mesmo por não querer deprimir. Ok, aos fins de semana, lá marchavam uns clássicos da Regina...
Às vezes, em tempos de maior desorganização mental e emocional, lá ia uma mega tablete "Dairy Milk" com avelãs e passas de uva ou algo assim, da Cadbury's. Era sempre à sexta-feira à tarde, quando eu chegava a casa. Um dia não me aguentei, e comprei um ainda na estação de serviço à saída de Coimbra... foi mau, porque, ao contrário do que eu supunha, isso não me impediu de chegar a casa e emborcar mais não sei quantos quilos de chocolate.
Depois, como passava a semana inteira sem chocolate, não podia ver chocolate a ninguém; nomeadamente, Kinderes, que alguém guardava discretamente na secretária, não muito longe de mim, e que constituíam um motivo de orgulho (nunca pedi nenhum), mas também de profunda tentação. Gosto mais de chocolate e doces e porcarias agora, do que quando era miúda. Claro, era miúda, tinha uma vida gira e interessante, no mundo criado pela minha própria imaginação, fora deste mundo triste e cruel. Agora, depois que se cresce, não convém muito manter esse estilo de vida; eu ainda tentei, mas em vão. Há quem consiga; são uns sortudos, mas com demasiada frequência arruínam a vida de quem está ao seu redor... Beeemmm... isto está a ficar demasiado complicado, profundo e até algo depressivo: mantenhamos em mente que se trata de um blog de trivialidades.
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