sexta-feira, 26 de agosto de 2011

As simples as that

I'm breaking up:


A quem o dizem...





Estrumpfes


Perguntava eu à minha mãe: será que, com o novo acordo ortográfico, Estrumpfes também vai passar a ser escrito sem "P"?? ...

Quando eu era pequenina, eu adorava os Estrumpfes. Tinha um livro de BD sobre os Estrumpfes e li-o e reli-o vezes sem conta. Adorava aquele país que não conhecia a infelicidade. Adorava o fair play deles quando as coisas corriam mal. Adorava as parvoíces do Gasganete e do gato dele. Adorava a maneira como aquelas coisinhas pequeninas azuis pulavam e apareciam em todo o lado. Meu Deus, como eu me ria! Provavelmente, da mesma maneira que me ri quando fui ao cinema ver os "Smurfs"; ria-me mais do que os miúdos da sala todos juntos.

Adoro quando eles aplicam o "estrumpfar" a tudo e mais alguma coisa!! Deixem-me, portanto, escrever-vos o resto do post em "estrunfês" (mesmo que não me deixem, o blog é meu, eu faço o que eu quiser).

Mas não se estrumpfe lá que ver os "Smurfs" foi tão fácil como parece. Não. Escolhemos uma sessão a meio da tarde; lá tivémos nós de estrumpfar o preço de um filme 3D para ver um filme que nem justificava muito ser em 3D... mas os horários da versão digital eram impossíveis (espertinhos). E lá fomos nós. Éramos para ir  estrumpfar ao restaurante Japonês dos prédios dos bordados de Castelo Branco, mas vejam só a falta de estrumpfe que nós tivémos: estava estrumfado! E adivinhe-se: estrumpfa só às terças-feiras (era terça-feira). Não faz mal, fomos estrumpfar ao Japonês do fórum; também se estrumpfa bem, era só porque queríamos estrumpfar o outro. Depois, estrumpfámos as lojas todas do fórum; já estava tudo estrumpfado de tanto estrumpfar trapos em lojas! Houve quem estrumpfasse um gelado de menta, só que teve de o estrumpfar dentro da mala aconchegadinho, porque os parvos do cinema não deixam estrumpfar gelados lá para dentro! Tá mal. 

Como sempre, aqui a bruta, estrumpfou logo metade do gelado. E depois puz-me a dormir, porque passou o tempo e o filme não estrumpfou. Apareceu lá um estrumpfe a dizer que estavam com problemas técnicos e que estrumpfássemos um bocado. Estrumpfámos, mas o filme não estrumpfou na mesma. Tinha sido o projector que tinha estrumpfado. O estrumpfe apareceu lá outra vez a dizer que não valia a pena e que fossemos para os nossos cogumelos. Eu ainda dormi um bocado. Depois de sair, antes de voltar para o cogumelo, para compensar a estrumpfação, estrumpfei um pacote de pipocas... 

Mas não desistimos. No dia seguinte, lá fomos nós tentar estrumpfar o filme. A sala do dia anterior estava estrumpfada, e não passavam lá filmes nenhuns, tivemos de ir para outra sala. Desta vez já não estrumpfámos gelados nem pipocas, estrumpfámos só mesmo o filme.

E foi mesmo, mas mesmo muito ESTRUMPFE!



Então e como estamos nós... de chocolate?


É perigoso andar aqui a falar de chocolate... será que não vou acabar com vontade de ir devorar uns que alguém, desgraçadamente, trouxe cá para casa, hoje de manhã? Quando vi as demoníacas embalagenzinhas, pensei para mim: "Tentação/Provação à vista". Mas não vou, não vou e não vou. Ceder. Vou resistir. I'm going to be a good girl e hoje não há mais doces ou coisas calóricas, porque já comi uma tarte de maçã e duas tirinhas de milho - a que ponto cheguei. Que raio de vício este, o da comida, nas sociedades ditas industrializadas. É doentio.

Ok, vou escrever sobre chocolate agora. Estas férias, andei a roubar barrinhas de Kit Kat ao meu avô (este mundo está perdido). Durante o ano lectivo, portei-me muito bem em termos de chocolate, mas provavelmente não o deveria ter feito. Há coisas com muito mais açúcar do que muitos chocolates. Teria ficado consoladinha e teria ingerido menos de outras coisas doces que acabam a não ter certas propriedades interessantes que o chocolate tem e certamente têm mais açúcares. Nem é por não querer engordar, mas é mesmo por não querer deprimir. Ok, aos fins de semana, lá marchavam uns clássicos da Regina...
Às vezes, em tempos de maior desorganização mental e emocional, lá ia uma mega tablete "Dairy Milk" com  avelãs e passas de uva ou algo assim, da Cadbury's. Era sempre à sexta-feira à tarde, quando eu chegava a casa. Um dia não me aguentei, e comprei um ainda na estação de serviço à saída de Coimbra... foi mau, porque, ao contrário do que eu supunha, isso não me impediu de chegar a casa e emborcar mais não sei quantos quilos de chocolate.


Depois, como passava a semana inteira sem chocolate, não podia ver chocolate a ninguém; nomeadamente, Kinderes, que alguém guardava discretamente na secretária, não muito longe de mim, e que constituíam um motivo de orgulho (nunca pedi nenhum), mas também de profunda tentação. Gosto mais de chocolate e doces e porcarias agora, do que quando era miúda. Claro, era miúda, tinha uma vida gira e interessante, no mundo criado pela minha própria imaginação, fora deste mundo triste e cruel. Agora, depois que se cresce, não convém muito manter esse estilo de vida; eu ainda tentei, mas em vão. Há quem consiga; são uns sortudos, mas com demasiada frequência arruínam a vida de quem está ao seu redor... Beeemmm... isto está a ficar demasiado complicado, profundo e até algo depressivo: mantenhamos em mente que se trata de um blog de trivialidades.

Hoje, ao cabo de um mês e meio a tentar acalmar-me (mesmo, mesmo, nem chegou a um mês), finalmente consegui parar de comer compulsivamente como se a comida toda do mundo fosse acabar amanhã. Desde que comecei a escrever este post, fui à despensa, olhei para as mini tabletes da Regina, pensei: "Hummm... são tão fininhas... só uma não vai fazer mal..."; no entanto, e felizmente logo a seguir disse: "NÃO!" e de facto, não. Portanto, estamos a fazer progressos. Há 3 semanas atrás, o meu nível de stress era tal que eu seria incapaz de colocar este travão. Agora, coloco o travão; amanhã, não precisarei dele, pois funcionará automaticamente não resultando como um travão, mas como algo natural. :)





Isto está a começar a ser preocupantemente verdade para mim




Me, books and libraries


É uma combinação muito perigosa. Não propriamente libraries, mais book stores, porque as libraries têm certos limites que nas book stores é só a carteira que impõe... e no que respeita a livros, a minha é, certamente, excessivamente benevolente. 

Não sei que fenómeno é este que ocorre, que entro na loja a prometer-me a mim mesma não adquirir mais livro nenhum, mas com frequência quebro a promessa. São muitos os que li, na vida, mas certamente também são muitos os que tenho por ler, dependurados das prateleiras de estantes por norma de tamanho considerável. Chega de aumentar a fila; a verdade é que, no máximo, consigo ler um a cada 15 dias... mas tenho receio de constatar, se contar os que para ali tenho, o muito tempo de que necessitaria para os ler a todos. Houve tempos em que fiz uma média superior a um livro a cada 15 dias; houve tempos em que li 40 a 50 livros por ano. Dei uns quantos, outros pus para a troca e foram trocados, outros pus para troca e ainda ali estão, à espera que saia. Guardei apenas os que me ficaram no coração, mesmo, mesmo, mesmo. E, mesmo assim, embora muito me tenha custado, acabei a pôr para troca até alguns que me ficaram parcialmente no coração - grane feito para mim; quando cá entram é difícil saírem, mesmo que seja só parcialmente. É difícil esta decisão, muito difícil. Ás vezes, mesmo os que não me dizem já nada de especial, são difíceis de deixar ir... há sempre algo que se aprende, sempre algo que nos é acrescentado. Faço um esforço por me desprender deles, mas há alguns que não faço mesmo esforço nenhum e fico com eles para mim. 

O outro dia, estava eu à espera de um filme que só começava dali a uma quantidade razoável de minutos, a questionar-me como ocupar o tempo uma vez que nos centros comerciais não sou capaz de me concentrar o suficiente para ler e que já havia visto as lojas todas no dia anterior quando realizei essa mesma espera por esse mesmo filme - eu já explico - quando me lembrei de que, por mais vista que esteja uma livraria, para mim, nunca está verdadeiramente vista. Então, lá fomos. Há sempre algum livro no qual ainda não havia reparado; há sempre um livro que desperta o interesse e se pode aproveitar para ler um pedaço e formular ideias mais consistentes. Entretanto, espreitavam numa prateleira uns livrinhos cor de laranja do Hermann Hesse. Nunca os tinha visto por ali, peguei num, comecei a ler um pouco e eis que pensei algo que penso com alguma frequência quando leio livros: "Eu tenho de ler isto, portanto, eu tenho de ter este livro". Chamava-se "Viagem ao País da Manhã", e apesar do seu tamanho minúsculo ainda custou 8 euros. Achei um exagero, mas tudo bem. 

Mas, claro, depois pus-me a pensar; Hermann Hesse, clássicos, sites de trocas de livros - eis um sítio onde encontraria este livro facilmente. Aliás, supostamente, estes livros volta e meia encontram-se a preços muito acessíveis em feiras de livros e afins. Não, não me arrependi. Comecei a olhar para ele - o livro - e a achar que aquele título não me era estranho (fiquei tão entusiasmada com o conteúdo, que nem li o título - algo que me sucede com facilidade e frequência, nos mais diversos contextos). Lembrei-me então de um livro pequenino e fininho que costuma andar por cima das fileiras dos meus livros por ler (a maioria começados); com uma capa bem mais interessante que esta, por sinal... "Queres ver..."

Sou, de facto, uma pessoa coerente. Algumas horas depois lembrei-me de ter feito festa semelhante quando comprei o tal livro do título igual e capa parecida. Talvez as letras sejam um pouco mais pequenas e o livro mais fininho, mas não se me afiguram muitas mais diferenças. 

Ooohhh, que chatice! Agora lá tenho eu de ir trocar o dito livro por outro! Ohh, que chatice! Lá vou eu ter de adquirir mais um livro! Não é que me agrade mais adquiri-los do que lê-los; na verdade, adquirir coisas nunca me deixou particularmente confortável. Do que gosto é de acabar um livro e poder dirigir-me a uma estante gigante de livros por ler, abrir-lhe as portas e questionar-me: "Beeem... então deixa lá ver, qual é o que se segue..." - é profundamente estimulante. Fazer o mesmo numa loja, simplesmente não funciona, porque a estante já pressupõe uma pré-selecção dos livros; aqueles que ali estão, todos terão interesse para mim. É uma sensação transcendental: de plenitude e abundância. 

Gostava muito que este ano conseguisse ser disciplinada e ler muito. Nas férias, cerca de dois livros e meio - não está mal para um mês e meio de leitura, sendo o livro que ficou em meio, um livro de 400 páginas. Preciso ler muito urgentemente, está mesmo a fazer-me falta e a fazer-me bem ler. Quero criar o hábito e o vício. Faz-me muito bem, faz-me mesmo muita falta...


quinta-feira, 25 de agosto de 2011




I'll try to keep this in mind



Sou tãããooo ingénua...



Mas a verdade é que conheço umas quantas! ;)

Não sei sobre o que é que hei-de escrever...


... por isso vou escrever sobre nada. Tenho vontade de escrever, mas como o stress do ano passado acabou com o último e enferujado parafuso que ainda me sobrava, e ando assim a modos que aparvalhada (eufemismo),  não consigo pensar em nada de interessante para escrever. E por interessante, considere-se algo que responda ao propósito deste blog: olhar para o mundo com olhos de rir e de ver tudo ao contrário. E que bom é isso, que bons são os tempos em que consigo fazê-lo, que bons eram os tempos em que eu o fazia com frequência. Tenho dificuldade em perceber por que motivo, à medida que uma pessoa cresce, vai perdendo a capacidade de olhar para as coisas viradas de pernas para o ar (algumas pessoas - as que não perdem, ou não lhe imprimem um tom irónico ou sarcástico, têm sorte). Bem, mas perguntas filosóficas não nos levarão a lado nenhum. Perguntas filosóficas nunca levaram ninguém a lado nenhum (até se diz que não é suposto chegar nunca) e não são, definitivamente, chamadas para um blog de trivialidades.

Não posso perder tempo: tenho de escrever sobre nada. Quando eu era miúda, e não tinha nada que fazer, normalmente sacava de uma folha de papel e começava a escrevinhar o que me viesse à cabeça. Ok, não foi apenas enquanto fui miúda, confesso, embora hoje o teor dos meus escritos seja consideravelmente diferente do que foi em tempos, continuo a sacar de folhas e a escrevinhar. Já fui mais indiscreta. Sim, porque aqui não poderia dizer que já fui menos discreta, porque a verdade é que nunca fui discreta com as minhas escrevinhações. Afinal, por que motivo haveria de o ser? O que é que as pessoas têm a ver com isso? Bem, mas começou a tornar-se uma coisa perigosa, porque há sempre um cromo que se debruça e comenta: "Tchéééé, tanta letra, sobre o que é que estás a escrever?" - há coisas que a minha pessoa jamais faria (mas perdoo-lhes a curiosidade, vá, afinal eu também ficaria curiosa para saber o que é que uma pessoa interessante como eu estaria a escrever). No entanto, e regressando ao meu eu passado (não o actual, o pretérito mesmo), apesar da minha imaginação galopante e transbordante, de criança ingénua e não conspurcada por este mundo triste e cheio de coisas feias, mesmo assim, havia momentos em que eu não sabia muito bem sobre o que é que havia de escrever. E escrevia assim: "Não sei sobre o que é que hei-de escrever". Não me apetecia escrever sobre nada, só me apetecia escrever, como hoje me acontece. Não sei se é mau sinal, mas muito bom cheira-me que não deve ser.

Bem, então deixa-me lá escrever sobre nada... muito haveria a dizer sobre o nada. Só que estão a começar a vir-me palavras como vácuo à cabeça, discussões filosóficas e científicas, pelo que estou a achar que escrever sobre nada é assunto que transcende este blog, que é de trivialidades. Fico-me por aqui, portanto.

:) Apesar de tudo, não tenho dúvidas disso!



Deve ser por isso que só me acontecem great things... :P


I sure hope it's true...



...



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011