sexta-feira, 22 de junho de 2012

Futebol


Joga, por estes dias, a Selecção Nacional. A minha opinião acerca do futebol e da futilidade a ele associada é questão mais do que assente na minha existência. No entanto, isso não me impede de usufruir do espectáculo. Na verdade, não é o conceito em si que considero fútil, mas toda a envolvência. Pelo que usufruo. Comentava eu, por estes dias, com a minha mãe, que é divertido assistir aos jogos no meio de um grupo grande de gente e sentir as emoções ao rubro. Tempos houve em que eu mesma tinha um grupo de colegas da escola com quem me empanturrava de porcarias de cada vez que a Selecção jogava. Por que é que não conseguimos conviver normalmente sem ter de levar a comida atrás? O que é que futebol tem a ver com comida? Bem, naquela altura engordei bem à conta da Selecção. Mas chega desta obsessão acerca do peso; afinal nem estou assim tão acima do peso que deveria ter. Mas nessa altura, foi um estrago total. Depois, até já se faziam jantaradas mesmo sem haver Selecção. Lembro-me de uma vez que fomos assistir a um jogo ali no recinto da Sra.de Mércoles: écran gigante instalado, sardinha assada e cerveja, se não era à borla, era quase. Foi divertido ver o jogo assim. É bom termos o mesmo motivo fútil para celebrar que uma grande quantidade de pessoas. A ideia de carneirada não é agradável, mas juntarmos a nossa energia positiva à de mais alguém, de muitos mais alguéns, em prol do desporto ou da música sabe bem e faz bem à alma. Tenho saudades de ter um grupo de amigos com quem ir ver jogos de futebol. Teria de dispensar boa parte das guloseimas, e das cervejinhas também, que infortunadamente tão mal me fazem às entranhas, ainda que sejam nutricionalmente um alimento bastante interessante. Eis então que transformo este texto num manifesto, para que esses tempos voltem, mas em melhor forma ainda. É que gostei, e apetecia-me outra vez.


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